terça-feira, 14 de setembro de 2010

Modelo Social Europeu.

É indubitável, consideramos que implementação de um Modelo Social Europeu constitui, a base central da competitividade e do bem-estar na União Europeia. A competitividade e o Modelo Social Europeu não poderão ser conceitos incompatíveis mas sim interdependentes e, nesta medida, a sustentabilidade do modelo depende tanto do êxito da estratégia para o crescimento e emprego como das reformas introduzidas no próprio modelo. A base para a reforma é um contexto dinâmico, orientado para a inovação e compatível com a actividade empresarial, que respeite o equilíbrio entre a vida profissional e a vida familiar e reconheça a necessidade de segurança dos cidadãos, numa sociedade em rápida mudança. Porém o êxito desta implementação, é difícil, por diversos factores. Primeiro, porque, um Modelo deste tipo, exige grandes despesas sociais, que muitos países associam a desempenhos económicos menos bons. Segundo o dinheiro investido na área social, impede ao sector da educação, os meios necessários para formar trabalhadores qualificados, sabendo antemão que a formação contínua, conduz pouco e pouco, para uma sociedade mais justa e igualitária, e permite a adaptação dos trabalhadores às novas tecnologias, que irão tornar a Europa mais competitiva. Ora sem investimento na educação, jamais a Europa pode tornar-se competitiva, e deste modo, crescer economicamente. Terceiro, a flexigurança no Modelo Social Europeu, é impossível em países com margens orçamentais muito pequenas, devido à falta de formação dos trabalhadores. Quarto, as mudanças demográficas, registadas nas últimas décadas, e as perspectivas futuras, colocam em risco a sustentabilidade de um Modelo Social Europeu único. Por último, globalização, representa uma ameaça para sustentabilidade do Modelo Social Europeu, devido à concorrência no mercado Internacional da China e da Índia, que para além de oferecerem produtos a preços baixos, são também países acessíveis e atractivos, para fixação de novas empresas, nomeadamente as multinacionais, devido à mão-de-obra barata, à ausência de protecção social aos trabalhadores, e também de normas ambientais, verificado nestes países. Por estas razões o conceito de Modelo Social Europeu encontra-se hoje no centro do debate na Europa.





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