domingo, 18 de agosto de 2013

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Quem nos pode julgar?

Cada vez mais interrogou-me sobre as diferentes interpretações que cada um  têm dos nossos actos, opções ou atitudes. Mas quem nos poderá julgar? A justiça, Deus ou sociedade? Penso que não...

A leitura correcta de uma  opção, atitude ou um acto advêm sempre da nossa consciência, e ela é que promove um julgamento correcto e uma analise justa entre o errado e o certo. 







A Lua vista da Lezíria Ribatejana.


Uma companhia silenciosa, que se faz notar no meio da escuridão. Uma presença sempre indispensável a momento de reflexão.

sábado, 20 de outubro de 2012

A poesia e as suas raízes.

O Medo




Ninguém me roubará algumas coisas, 

nem acerca de elas saberei transigir; 
um pequeno morto morre eternamente 
em qualquer sítio de tudo isto. 

É a sua morte que eu vivo eternamente 
quem quer que eu seja e ele seja. 
As minhas palavras voltam eternamente a essa morte 
como, imóvel, ao coração de um fruto. 

Serei capaz 
de não ter medo de nada, 
nem de algumas palavras juntas? 

Manuel António Pina, in "Nenhum Sítio"

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Transformar Portugal a chacota da Europa


Ainda ninguém conseguiu compreender as opções politicas irracionais do governo PSD/CDS. Cortar a despesa e aumentar as receitas através do aumento da carga fiscal, têm-se mostrado uma desastrosa opção  económica para o Estado, que encaixa menos receita proveniente do consumo,  que encaixa menos receitas devido à redução das contribuições para a Segurança Social, que despende mais dinheiro devido ao aumento dos subsídios de desemprego, consequência do aumento galopante de insolências de empresas. É impossível fazer crescer economicamente Portugal, quando se reduz drasticamente o poder de compra das pessoas. É impossível manter um consumo, que permite às empresas continuarem a ser sustentáveis e viáveis economicamente. É impossível manter um sistema de segurança social sustentável quando o número de população empregada, desce galopante. O governo português sabe-o, a UE sabe-o, a troika sabe-o, mas teimam em não ceder nem abdicar dos seus obscenos lucros, através da especulação, da aniquilação dos direitos laborais, da privação aos serviços de saúde e de educação.



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Estrada e a vida.

As estradas são possivelmente a melhor forma de descrever a vida.

As estradas:
-Podem ser longas ou curtas.
-Podem ser sinuosas ou não.
-Têm inevitavelmente obstáculos no seu percurso.
- Têm diferentes escolhas.
- Têm diferentes lugares.
- São inseguras.
-São partilhadas.

O mundo - uma constante da vida.

...E subitamente a Europa dos tecnocratas, vê-se ameaçada pela crescente consciencialização dos  cidadãos europeus, demonstrada  nas ruas, estoicamente.

No dia 15 de Setembro de 2012, em Portugal. Ontem no Congresso de Deputados em Madrid.


Praça de Espanha, Portugal


Madrid, Espanha

quinta-feira, 31 de maio de 2012

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Que austeridade é esta?

Lamentamos diariamente, mas, colectivamente consentimos, todo o tipo de barbaridade politica e económica praticado pelos nossos políticos, que se traduzem actualmente em  graves consequências sociais, como, o aumento do desemprego, da pobreza, da criminalidade e marginalidade, e das restrições aos cuidados de saúde. São estas consequências, que colocam em causa, o Estado social, o Estado de Direito e a democracia portuguesa. Hoje, Cavaco Silva, com cara de Chefe-Estado preocupado cinicamente - como tantas vezes, recorreu no ano anterior - "alerta" para os perigos de mais austeridade, porque" criou novos pobres, e é impossível impor mais sacrifícios". Consequências austeras, a que certamente Cavaco não chegou, não sentiu nem sente, não sabe o que é, - e que duvido, saberá o que é, algum dia. Noutro campo social e perigoso para o Estado de Direito, "assistimos ao aumento da criminalidade violenta em Portugal", a que não podemos dissociar nem desligar do actual estado social e económico que o país atravessa. No campo medicinal, as restrições orçamentais, aliada à escassez de recursos humanos qualificados no sector da saúde, vão colocando em perigo o Sistema Nacional de Saúde. Muitos, possivelmente, irão morrer à espera da sua vez num Hospital público.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Grécia.




Manolis Glezos, com 89 anos, é um herói nacional grego, desde que, em 1941, retirou a bandeira nazi da Acrópole e, detido, passou uns anos de calvário em prisão sob torturas várias e correndo sério risco de vida.
Ontem, juntamente com o compositor Mikis Theodorakis, manifestou-se contra as medidas adoptadas pelo Parlamento grego. Com razão ou sem ela, manifestou-se, como é seu direito num Estado (Democrático) de Direito.
Pois aqui está como foi tratado pela polícia.
Lembro-me de, nos anos 60, Bertrand Russell se manifestar e ser afastado gentilmente pela polícia britânica. Algo do género sucedeu com Sartre, que nunca cumpriu as leis de imprensa sobre a Argélia, incorrendo por isso em sanções criminais, mas não sendo detido por ordem do presidente Charles De Gaulle, que disse nunca ser bom "prender Voltaire"... Que se passou entretanto? Será que do copo meio cheio passámos ao copo meio vazio? E que significa isso em termos de cultura política europeia? Eis um bom projecto de investigação a submeter aos financiamentos habituais...
Mas como o tempo longo anda actualmente rápido, ainda veremos um dia destes o que acontece ao cinzento dos dias...

Professor Silvério Rocha-Cunha

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A pergunta, que nos dias de hoje, é uma incógnita.

"O chamado problema germânico de século XXI, reemergiu nos debates, quando a Alemanha Ocidental e de Leste se reunificaram em 1990. A principio o Ministro dos Negócios Estrangeiros Eduard Shevardnadze da União Soviética argumentou  que a  reunificação da Alemanha iria desestabilizar profundamente o equilibrio de poder na Europa. Os politicos colocaram novamente a questão:« A estabilidade na Europa é compatível, com quantos Estados de língua alemã?»(...)

O declínio do poder soviético na Europa de Leste acabou com a estrutura bipolar da politica pós-guerra e tornou possível a reunificação alemã. Esta reunificação gerou novas ansiedades acerca da existência de 80 milhões de pessoas, num país localizada no centro do continente europeu. Os alemães altamente produtivos, devido aos seus recursos humanos qualificados, geograficamente, bem localizados, e absolvidos dos seus crimes de guerra,  rapidamente erigiram uma economia, que nos tempos de hoje impõe as condições financeiras, económicas e orçamentais aos restantes países, que fazem parte da União Europeia, redesenhando a história hegemónica, idealizada por Adolf Hitler.  Um projecto europeu, sob designios, económicos, culturais, politicos e culturais alemães, é sem dúvida, o grande fim de Angela Merkel. O beneplácito, que os governantes - eleito pelos seus cidadãos nacionais - dão aos desideratos alemães, é deveras preocupante.