quarta-feira, 22 de abril de 2009

Hauwa Ibrahim

Hauwa Ibrahim, de 40 anos, é advogada defensora dos direitos humanos, natural de Abuja, na Nigéria, desde muito cedo, que é uma activista incansável, na luta contra o fundamentalismo religioso.
Hauwa Ibrahim, criou o que pode ser considerado, uma profissão extraordinária: defender pessoas condenadas de acordo com Sharia ¹ islâmica , aplicada em doze estados do Norte da Nigéria. As condenações à morte, embora não sejam presentemente executadas, continuam a ser pronunciadas. Desde 1999, Hauwa Ibrahim, foi advogada de defesa, sem receber honorários, em 47 processos, muitos dos quais, implicando mulheres acusadas de adultério e sujeitas à morte por lapidação (apedrejamento). Foi graças, à sua capacidade de sensibilizar a opinião pública internacional, que tornou possível salvar, as vidas de Amina Lawal, Safiya Hassain e Hafsatu Abubakar. Participou igualmente, de forma enérgica, noutros processos inplicando, penas cruéis e desumanas, como a condenação de mulheres à flagelação (Sova, Castigo), ou de jovens à amputação por furto. Hauwa Ibrahim, defendeu, com êxito, o que Sharia impõe aos tribunais islâmicos, o respeito pelos direitos processuais e substantivos garantidos pela lei islâmica, bem como, pela Constituição da Nigéria e pelos tratados internacionais sobre os direitos humanos assinados pelo país. Actualmente a causa Huawa Ibrahim, já ultrapassou as fronteiras da Nigéria, mas falta-lhe a missão mais importante, a de fazer ouvir a sua voz no seu próprio país.

¹ Sharia- é o Órgão da Lei religiosa que orienta os Sunitas e os Xiitas. O Islão não faz bem a distinção entre vida religiosa e secular, e portanto a Sharia cobre não só, os rituais religiosos e a administração da Fé, como, também os aspectos do dia-a-dia.

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